Permitiu que a Ponte Preta dominasse o jogo por meia hora e não chutou uma bola no gol campineiro.
Parecia de freio de mão puxado, pensando na Bombonera lotada, embora jogasse no Moisés Lucarelli com muito menos gente do que se poderia esperar (12 mil pagantes onde cabem 19 mil).
Daí, aos 31, em seu primeiro chute a gol, tirou tinta da trave com Guerrero.
Que, no minuto seguinte, ao receber um estonteante passe de calcanhar de Danilo, fuzilou o goleiro Édson Bastos que deu rebote para Romarinho fazer 1 a 0.
Não demorou muito, apenas seis minutos, e Emerson deu um corte seco dentro da área e ampliou para 2 a 0, como se chupasse um sorvete, graças, também, à nova falha do goleiro
Aparentemente, estava tudo resolvido e já se antevia a semifinal com o São Paulo, no Morumbi.
E a Macaca permanecia por 112 anos sem descer do galho para erguer uma taça, mas, mesmo assim, sua torcida a apoiou o jogo todo.
Aos 9 do segundo tempo o árbitro caiu no conto do Sheik e inventou um pênalti para Guerrero fazer 3 a 0 e o Corinthians poder descansar de vez pensando no Boca Juniors.
Era a revanche do ano passado com juros e, nestes tempos de inflação preocupante, correção monetária.
Para piorar a implosão da Ponte, aos 15, corretamente, Baraka foi expulso depois de pisar em Romarinho covardemente.
A fatura estava precocemente liquidada.
Edenílson entrou no lugar de Alessandro e Pato substituiu Romarinho.
Douglas entrou no lugar de Gerrero.
O Corinthians treinava enquanto a Ponte procurava o gol de honra que merecia por sua campanha e para agradecer o apoio da torcida presente, repita-se, menor do que precisava, mas amorosa o suficiente para ser homenageada.
Édson Bastos fez milagre em chute de Pato à queima-roupa e, de novo, em cabeçada do corintiano. Vida de goleiro é dura porque, na verdade, era tarde.
Pior: já que Pato não conseguia fazer gol no goleiro chutando ou cabeceando, ele resolveu entrar na área driblando, Édson Bastos, inclusive: 4 a 0.
Chave de ouro.
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