Líder de Igreja diz que Marcos Feliciano quer tirar proveito da situação
O pastor e deputado
Marco Feliciano (PSC-SP) “está querendo tirar proveito” da onda de protestos
para que ele deixe a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A opinião é de José Wellington Bezerra da Costa,
78, reeleito no dia 11/04 presidente da Convenção Geral das Assembleias de
Deus, principal entidade da maior denominação evangélica do país, da qual
Feliciano faz parte.
“Ele é político, está querendo tirar proveito desse
troço. Ele está dando corda na coisa. Bobo ele não é”, afirma Wellington,
lembrando, no entanto, que a entidade dá “respaldo” para o deputado –que antes
da polêmica era pouco conhecido fora dos círculos evangélicos.
Wellington é presidente da Convenção há 25 anos.
Nesse período, a Assembleia se consolidou como uma potência religiosa (12,3
milhões de fiéis) e política (28 deputados federais).
“Somos muito assediados [por políticos]“, diz o
pastor, que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff: “A candidatura dela
é uma nomeação, não precisa nem ir para a eleição”.
Folha – Há um levante preconceituoso contra o Feliciano?
José Wellington – O Feliciano é novo, jovem,
inteligente e eu creio que vocês são inteligentes, vocês estão vendo que ele
está querendo tirar proveito. Ele é político, está querendo tirar proveito
desse troço. Ele está dando corda na coisa. O Marco Feliciano, bobo ele não é.
Agora, eu acredito que há uma exploração, há uma
exploração muito grande do pessoal do lado de lá [críticos de Feliciano]. A
verdade é essa: nós estamos juntos da Igreja Católica. Porque a Igreja Católica
não aceita. O que nós não aceitamos a Igreja Católica não aceita.
Um bispo de São Paulo me telefonou e disse:
“Pastor, vamos fazer uma dobradinha, temos de marchar juntos porque não
aceitamos”. Eles não aceitam aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo. Eu vi
ontem na imprensa no Amazonas um juiz deu uma liminar para que o camarada lá
casasse com duas mulheres. Negócio de doido, né? Só no Amazonas dá um troço
desse.
Nós, da Assembleia de Deus, não participávamos da
vida política do país. Só depois, quando eu assumi a presidência… Porque eu em
janeiro agora completei 25 anos na presidência da Convenção Geral, fui reeleito
nove vezes. Quando eu cheguei, com o crescimento da Assembleia de Deus, eu
entendi que precisávamos colocar alguém para nos representar. E isso foi feito.
Hoje temos 28 deputados federais ‘assembleianos’. No total, são 80 os
parlamentares evangélicos em Brasília [de diferentes denominações].
O Marco Feliciano… Ai, não foi porque ele é
evangélico, foi um acordo do partido. Destinaram aquilo para o PSC. Coube ao
Marco Feliciano e ele abraçou. Como ele antes de ser presidente dessa comissão
havia feitos alguns pronunciamentos… Nós não aceitamos o comportamento dessa
gente, mas não os perseguimos. Não temos qualquer preconceito com eles.
Absolutamente nada. É que o grupo que está apoiando essa gente, balizou, aqui
no Congresso, algumas leis que estão dando muito, muita força para essa gente,
e dizem que o preconceito é nosso. Pelo contrário, eles é que são os
preconceituosos.
Folha - Eles quem?
JW - O grupo, o grupo. Porque há um grupo patrocinando
isso aí. Você sabe que infelizmente que esse grupo de gays, lésbicas e essa
gente cresceu demais nos últimos tempos. Há interesse da parte deles que essas
leis sejam aprovadas. Mas acredito que uma sociedade sensata jamais aceitará um
comportamento antissocial como esse.
Folha - Qual a importância do Feliciano dentro da Assembleia de
Deus?
JW - Ele é um pastor tão igual como os demais. Eu tenho
um filho deputado federal [Paulo Freire (PR-SP)], estava aí. O meu filho eu
vejo melhor [risos]. Mas, como pastor da Igreja, ele não tem qualquer destaque,
qualquer direito a mais, nenhuma proteção a mais, ele é um pastor igual aos
demais.
Folha - Nas sessões da Comissão, parece existir uma unanimidade
contra Feliciano. Mas os valores que eles defendem são valores comuns aos 12,3
milhões de fiéis da Assembleia de Deus, certo?
JW - Valores comuns a uma sociedade sensata, uma
sociedade sadia. Quando escreveram o PL 122 [que criminaliza a homofobia], nós
[evangélicos] reunimos e tomamos algumas posições em relação àquilo ali.
Chamamos os deputados federais e pedimos para que eles segurassem a coisa. Eu
mesmo fui lá falar com o presidente da Câmara, fui falar com gente do Senado,
até o senador José Sarney [PMDB-AP, ex-presidente da Casa] me mandou uma
cartinha muito bonita. É uma posição nossa mais bíblica, nada preconceituosa.
Por exemplo, se chegam dois cidadãos lá [na igreja que ele comanda, em SP], se
dizendo crentes e pedindo que eu faça um casamento deles eu não faço nunca
[risos]. Aí a lei [do projeto] vai e me condena, diz que é discriminação, me
joga na discriminação, cinco anos de cadeia, sem direito a qualquer recurso, é
um absurdo um troço desse.
Folha - Qual a posição da Convenção sobre a alegação de Feliciano
de que Noé amaldiçoou os africanos?
JW - Essa é uma interpretação teológica. A Bíblia,
quando conta a histórica de Cã, a tradução chama de Cão, né?, É que aquele
filho de Noé (eram três) quando o pai tomou uns goros e, bêbado, se despiu,
ficou caído bêbado, veio um dos filho, viu os dois, e saiu criticando, né?, Outro
veio, de costas, e cobriu a nudez do pai, então esse o pai abençoou e outro ele
amaldiçoou. Cada um interpreta como queira. Qual foi a mudança que houve, se
foi de cor, eu não sei.
Folha - Mas eu soube que dentro da igreja a posição não é essa.
JW - Olha, eu não sou paulista, eu sou cearense. A cor
da pele não faz muita diferente não, sem dúvida nenhuma. Eu recebo o irmão
pretinho, a velhinha pretinha, para mim eu tenho tanto carinho, amor e respeito
quanto por qualquer outro. Acredito que essa é a posição da maioria dos
pastores. Agora, ele e alguns outros pregam isso, que os negros, os africanos,
são descendentes de Cão.
Folha - O que o conjunto de valores dos evangélicos pode trazer
para a discussão dos direitos humanos?
JW - Em primeiro lugar, eu parto da premissa da própria
vida na nossa Constituição. Que todos nós somos iguais perante a lei. Alguém
disse que somos quase iguais, mas a letra disse que somos iguais. Acho que todo
brasileiro deve ter sua liberdade de culto, de voto, do ir, do vir, os
princípios de direitos humanos que a Constituição predispõe, acredito que ali
está muito correto para todos nós. E também, em relação ao Estado ser laico, eu
entendo perfeitamente o texto da lei. O Estado é laico, mas o povo é cristão, o
povo tem religião. De maneira que essa interpretação. Entendo é que na vida
administrativa deve ser separado um do outro, são dois ramos equidistantes,
porém quando se trata da vida religiosa, todo povo tem a sua religião. E eu
respeito perfeitamente. Eu tenho amizade por todos eles [líderes de outras
religiões].
Folha - Qual deve ser o papel de qualquer igreja num Estado?
JW - Em primeiro lugar, nós trabalhamos para paz social,
na recuperação da criatura humana. Eu entendo que o homem, em si, tem condição
de se recuperar em qualquer circunstância da vida. O lado social, o benefício à
criatura humana em todas as áreas da vida, desde a educacional, da alimentação,
da parte familiar, da parte social, de se integrar à sociedade, procurar
ajudá-lo para que ele consiga emprego, trabalho, afim de que essa pessoa, que
era uma pária para a nação, passe a ser um cidadão de bem, operando,
contribuindo para a nação.
Na parte religiosa, nós temos muito o que ensinar
da palavra de Deus, nada do José Wellington, eu prego Jesus Cristo, nosso
salvador. Quando nós pregamos a bíblia, ela em si tem um poder transformador,
não há necessidade de qualquer adendo, qualquer filosofia para misturar com a
bíblia, ela em si já é a autoridade divina. O meu caso: aceitei Jesus com 8
anos de idade. Não fumei, não bebi, não me prostituí. Eu tenho quase 79 anos e
tenho uma saúde perfeita.
Folha - O assédio dos políticos a vocês é muito grande?
JW - É sim, somos bastante assediados. Só que a minha
orientação como presidente foi sempre procurar ajudar os de casa. Por que, se
eu elejo uma pessoa do nosso convívio eclesiástico, [é] alguém que eu tenho uma
certa ascendência [sobre], que ele possa ser um legítimo representante da
igreja. Temos que trabalhar os de casa. Eles merecem a atenção, a ajuda e a
confiança.
Folha - Como vocês escolhem as pessoas que apoiam?
JW - Chegou a ser de senador para cima, que precisa de
mais votos, aí nós procuramos alguém que seja, no mínimo, amigo da igreja.
Folha - O que é ser amigo da igreja?
JW - Normalmente, o senador da República já foi
prefeito, já tem uma história na vida política. E nós então vamos buscar. Nós
tivemos algumas dificuldades com o PT em São Paulo. Hoje não temos mais, graças
à Deus por isso. Hoje tenho boa amizade com o prefeito de São Paulo [Haddad],
sempre tive muita amizade com o Kassab, que saiu, tenho muito respeito e muita
amizade também pelo governador, agora, eu não posso fazer divergência de
partidos, eu trabalho com o povo. Na Igreja eu tenho PT, eu tenho PR, tenho
PSDB, cada um acha que sua filiação está correta, Deus te abençoe. No contexto
geral, somos crentes.
Folha - Qual a sua opinião sobre a Dilma?
JW - Eu vejo com muito bons olhos. Confesso a você que
não votei na Dilma. Eu tinha certos resquícios do PT lá em São Paulo. Mas esta
senhora tem superado [as expectativas]. Ela pegou uma caixa de marimbondo na
mão, mas tem sido muito honesta com seu governo e com o povo. Hoje, na minha
concepção, a candidatura dela é uma nomeação, não precisa nem ir para a
eleição, ela é eleita tranquilamente.
Folha - Vocês apoiam ela em 2014?
JW - Eu até teria muito motivo para dizer não, mas
esqueço tudo isso aí a bem do povo, ela tem sido muito correta na administração
do nosso país.
Folha - Com “PT de São Paulo” o senhor quer dizer Marta Suplicy?
JW - [Risos] Deixa isso pra lá. O meu concorrente [na
eleição desta semana], pelas informações que eu tenho ele recebeu todo o
beneplácito do Planalto. Eu não recebi, e não recebi porque também não pedi. Na
nossa igreja em São Paulo nunca entrou um centavo nem da prefeitura, nem do
Estado nem da nação. Nunca pedi, de maneira nenhuma. A presidenta, num ano
desses, eu estava aniversariando e ela foi lá me ver, me dar os parabéns. Foi
lá com quatro ministros, o Padilha e outros mais. Recebi com muito carinho,
muito amor, perfeitamente. Mas não peço. Agora, entendo que, se algum dia
precisar pedir, sou um brasileiro que paga imposto, tenho tanto direito quanto
os demais.
Folha - E o senhor tem um poder muito forte.
JW - Vou dizer uma coisa para você. Eu não sou político,
sou de uma família de políticos. Meu irmão foi deputado estadual durante três
legislaturas. Minha filha é vereadora em São Paulo, a Marta, foi reeleita agora
pela terceira vez. O Paulo foi eleito deputado com 162 mil votos, uma votação
relativamente boa para São Paulo. E acredito que, pelo trabalho que ele está
fazendo, talvez supere os 200 mil votos agora [em 2014]. Na eleição passada,
ainda o [Orestes] Quércia [ex-governador de São Paulo, morto em 2010] era vivo,
ele foi lá na nossa Igreja, ele, [o ex-prefeito Gilberto] Kassab e o
[ex-governador José] Serra. Eles me convidaram para que eu fosse suplente. E eu
então agradeci a gentileza deles e pedi dois dias [para pensar]. Eu até
brinquei: “Deixa eu consultar minhas bases por dois dias”. Na verdade, eu não
ia aceitar. Eles voltaram, eu agradeci, educadamente. Então o Quércia disse:
“Pastor, eu estou doente, você vai ser o senador”. Eu disse: “É por isso que eu
não quero”. Eu não tenho tempo para mexer com a política. Não quero. A minha
vocação é a igreja. Em São Paulo, nós temos 2.300 e poucas congregações
[filiais] ligadas ao nosso ministério. É um batalhão de gente.
Folha - No total, a Convenção tem quantas Congregações?
JW - O número de evangélicos da Assembleia de Deus é
um ponto de interrogação. Em 1994, eu já era presidente, eu fiz um censo entre
nós e na época nós contamos 12,4 milhões de crentes na Assembleia de Deus. O
crescimento da Assembleia de Deus, é o levantamento que eu tenho, é de 5,14% ao
ano. Quando estou falando de membro estou falando daquele que foi batizado e
tem responsabilidade na Igreja. Quando o Fernando Collor era presidente eu
falei: “Presidente, se nós fôssemos políticos, a Assembleia de Deus teria muito
mais condição de contar com o povo do que o seu partido, porque vocês não têm
uma filial em todos os municípios do Brasil.” A Assembleia de Deus temos em
quase todas as vilas de todos os municípios do Brasil nós temos um templo. São
mais de 100 mil templos que tem a Assembleia de Deus no Brasil.
Folha - A revista britânica “The Economist” recentemente comparou
o papa a um presidente de uma empresa. É isso mesmo?
JW - A igreja tem os dois lados. Tem o lado espiritual e
o lado material, o lado social. No lado espiritual, é a bíblia, oração, jejum,
ensinamento bíblico. Do lado material, do lado do patrimônio, é uma empresa que
nós temos que administrá-la de acordo com as leis vigentes no país. A
Assembleia de Deus difere de outras igrejas evangélicas. Nós não vivemos
correndo atrás do dinheiro. O dinheiro para nós não é o essencial. Nosso desejo
é ganhar almas para Deus, o benefício da criatura humana. Nós somos um povo de
vida social modesta, mas que procura cuidar da igreja administrando-a
seguramente.
Folha - Qual a receita anual de todas as Assembleias juntas?
JW - Não sei. Não estou lhe negando, porque esses
valores [não são] da Convenção Geral. E a Convenção Geral tem o caixa mais
pobre do mundo. Estou há 25 anos e desafio qual é o tesoureiro que possa dizer:
“O José Wellington usou R$ 0,05 do caixa”.
Folha - E da Convenção?
JW - São R$ 7 [milhões] ou R$ 8 milhões. É muito pouco.
A nossa contribuição mensal é R$ 5 por mês [por obreiro], vou aumentar isso aí.
Cada igreja tem a sua autonomia administrativa. Lá em São Paulo, essas 2 mil e
poucas igrejas, essas todo o dinheiro vem para o Belém [central da congregação
de Wellington em São Paulo]. E ali a gente administra e repassa para as
construções e compromissos da igreja.
Folha - A maior parte que vocês juntam é gasto com o trabalho
social? Tem muita gente que acha que as igrejas evangélicas servem para
enriquecer os pastores.
JW - Fui comerciante em São Paulo, e quando saí, não saí
rico, mas com uma vida econômica estável. E o que eu tinha eu conservei até
agora. Eu tenho algumas propriedades, eu já tinha uma boa casa onde morar,
carro novo, caminhão. Não joguei fora, conservei. Mas digo por experiência: se
alguém pensa em ser pastor para ganhar dinheiro, pode procurar outra profissão.
Estou falando pastor, não estou dizendo essa turma que vive explorando, arrancando
dinheiro do povo. A Assembleia de Deus não faz isso.
Folha - Quem faz isso?
JW - [risos] Você é um moço inteligente. A televisão
está cheia dessa gente. Nosso afã não é esse. Estou construindo um templo-sede
em São Paulo, porque nossa igreja na verdade ficou muito pequena, então
compramos uma quadra e gastamos aí uns R$ 47 [milhões], R$ 48 milhões. Estamos
no acabamento. [Perguntam]: “Quando o senhor vai inaugurar?” Quando o dinheiro
der [risos].
Folha - Houve um aumento de quase 50% nos fieis da igreja entre
2000 e 2010, segundo o Censo. Por que cresceu tanto?
JW - Existem duas operações. Primeiro, a bênção de
Deus sobre nós. E em segundo lugar é que a salvação que recebemos de Jesus é
tão boa, ela é tão gostosa, nos trás tanta alegria, tanta satisfação, que todo
crente tem o prazer de dizer que é crente. Nós transmitimos para o nosso
semelhante aquilo que Deus fez na nossa vida. Então, nessa demonstração de fé,
estamos ganhando outros para Jesus. Aí está o crescimento da Assembleia de
Deus. Não é nossa filosofia, não é nosso preparo cultural, é esta vida saudável
que recebemos de Deus e partilhamos com aqueles que estão em volta de nós.
Folha - Com esse crescimento da igreja, e à luz do que ocorre com
o Feliciano, o senhor sente um aumento do preconceito contra os evangélicos no
Brasil?
JW - Não, ao contrário. A minha geração, quando eu
era criança, eu me recordo muito disso aí, quantas vezes os irmãos iam dirigir
cultos ao ar livre, e terminava debaixo de pedradas, jogavam pedras, jogavam
batatas, ovos, cebolas, era um negócio tremendo. Nós sofremos isso aí. Na
época, nas cidades do interior do Ceará, se somavam um chefe religioso, um
delegado de polícia e um juiz de direito e os três… Templos nossos foram
destruídos, entravam nas casas dos crentes, arrancavam as bíblias, faziam
fogueira de bíblias nas praças, isso aí nós chegamos a conhecer no meu tempo.
De lá para cá melhorou muito. Por que? Ontem, nossa penetração social era
classe D para baixo. Hoje, pela graça de Deus, conseguimos alcançar uma classe
social mais alta. A nossa igreja tem juiz de direito, tenho 14 netos e todos
eles formados, quatro médicos. Então essa penetração social, ela mudou a visão
da Assembleia de Deus. Esse problemazinho do Marco Feliciano é muito mais de
enfeite da mídia e um pouco de proveito dele.
Folha - Às vezes, parece que ele está sozinho.
JW - Nós temos por ele muita amizade e queremos o
melhor para ele. Agora, não fomos nós que o indicamos para presidente da
Comissão. Agora, já que ele está lá, vamos procurar dar um respaldo. Desde que
também ele tenha um comportamento que não venha a comprometer a igreja.
Ele atraiu uma atenção negativa para a Assembleia?
[risos] Não, ele está tirando proveitozinho porque
ele é vivo, né?
Folha - Essa campanha [para a Convenção] é parecida com a de uma
campanha política?
JW - Infelizmente, é. Não era assim. Eu me recordo de
quantas vezes eu me reunia com as lideranças da nossa igreja numa convenção,
não tão grande quanto essa, e os candidatos ali e nós votávamos por aclamação e
OK.